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terça-feira, 26 de junho de 2012

FESTA DE SÃO JOÃO FORTALECE A ECONOMIA DE CAMPINA GRANDE, PB

Público assiste show no Parque do Povo
em Campina Grande (Foto: Rafael Melo/G1)
Mais de R$ 100 milhões devem ser injetados na cidade, segundo CDL. São João é o principal produto turístico da Paraíba, diz Embratur.

Todo mundo sabe que a festa de São João de Campina Grande é boa para arrastar o pé e dançar um bom forró, mas também é boa para encher o bolso de dinheiro e ganhar uma renda extra. Esse é o período de maior movimento na cidade e que atrai mais turistas e, por isso, os comerciantes aproveitam para conseguir um adicional durante os 31 dias da festa.

Segundo a assessoria de imprensa do evento, cerca de 10 mil pessoas trabalham diariamente no São João, direta ou indiretamente. “São postos de trabalho provisórios que aquecem a economia da cidade, mais do que em qualquer outra época”, disse o secretário de desenvolvimento econômico, Gilson Lira.

A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina Grande (CDL) estima que sejam injetados R$ 115 milhões na economia da cidade com a realização da festa em 2012, 15% a mais do que a cidade recebeu no ano passado. A prefeitura arrecada tudo isto em impostos investindo apenas R$ 6,5 milhões.

E a arrecadação não é boa apenas para a prefeitura, mas os comerciantes também faturam muito nesta época do ano na cidade. São 150 barracas e 98 quiosques só no espaço do Parque do Povo, além de 300 vendedores ambulantes cadastrados, que passam a noite trabalhando no local. Os restaurantes fora do espaço, os hotéis, motéis e pousadas, os taxistas, motoristas, seguranças, garçons, catadores, manobristas, flanelinhas e até jornalistas, além de muitos outros setores, trabalham dobrado no período e multiplicam também os seus rendimentos.

O taxista José Domingos da Silva trabalha desde o início da festa no período da noite levando e trazendo os apreciadores da festa junina campinense. Para ele, o período do São João é o Natal de Campina Grande porque movimenta a cidade na mesma proporção que o Natal impulsiona as demais cidades. “Do dia 15 de junho em diante eu não consigo dar conta do tanto de turista que procura o serviço”, relatou.

Jerôncio Conjota é dono de uma das 150 barracas instaladas no Parque do Povo. Ele é vendedor ambulante de outros produtos na cidade, mas sempre para a atividade que faz para, no mês do São João, montar um ponto de caipifruta no parque. Há 23 anos ele tem a atividade comercial e trabalha durante os 31 dias da festa e mais alguns para organizar e desmontar a estrutura. “o dinheiro que eu consigo levantar em um mês de trabalho aqui com a minha família representa metade de tudo o que eu apuro no ano inteiro”, avaliou.

Esse aumento no faturamento não acontece apenas com Jerôncio, pois a CDL estima que somente nos 20 primeiros dias da festa o crescimento nas vendas do varejo já atingiu 30%. Essa melhora tem relação direta com o maior número de turistas na cidade. O secretário Gilson Lira prognosticou um aumento de 15% neste número. No sábado (23), véspera de São João, mais de cem mil pessoas passaram pelo Parque do Povo, público recorde dos últimos anos, segundo ele.

A temporada junina deve levar a participar da festa mais de dois milhões de pessoas, de acordo com a organização da festa. A festa já foi inserida no calendário anual da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e reconhecida pela Unesco como manifestação autêntica da diversidade cultural brasileira. A Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) divulgou que o São João é o principal produto turístico do estado e que apesar da seca, o resultado de retorno dos investimentos ultrapassou os 10% em relação ao ano passado.

Com isso, os comerciantes agradecem. Outro barraqueiro é Marcelo Martins. Ele tem a matriz do restaurante fora do parque em outro ponto da cidade, mas todo ano traz uma filial para dentro do espaço porque o faturamento é muito maior. Para conquistar a clientela que passa dispersa em meio a tanta opção, ele apostou na decoração do ambiente e assegura que o retorno é garantido. “Campina Grande vivencia a festa e alguém precisa dar suporte para isto e ganhar um bom dinheiro extra também no São João”, concluiu.

De acordo com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL), Artur Almeida, a festa chega a ser maior que o turismo do litoral, mas ainda é preciso investir mais. “O litoral também é muito importante do ponto de vista turístico, mas a força do São João de Campina Grande faz a diferença na economia. Contudo, é preciso melhorar a estrutura e a divulgação”, argumentou. Ele ainda falou da necessidade de ampliar a rede hoteleira, já que os 2.568 leitos ficam lotados nos principais dias da festa.

Informações: G1 PB

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