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sábado, 13 de outubro de 2012

MÚSICA DO PARÁ QUER SER A NOVA ONDA SONORA DO PAÍS

O sucesso Ex-mai love, que Gaby Amarantos entoa diariamente, em horário nobre, na TV Globo é apenas a ponta do iceberg da música paraense, que vem chegando a outros estados, não como um inundação, mas como um tsunami sonoro, batizado de Terruá Pará: guitarradas, chamegado, tecnobrega, carimbó, MPB tradicional, tudo isto e mais alguma coisa está reunido em dois DVDs e dois álbum álbuns duplos, patrocinado pelo Governo do Pará, que tem insistido em colocar a música que se faz no estado em vitrines nacionais. 


A música popular do Pará já frequentou as paradas de sucesso brasileiras intensamente. Em 1974, por exemplo, a cantora Eliana Pittman fez o país inteiro fazer coro com ela num pot-pourri de músicas paraense: Mistura de carimbó/Sinhá Pureza/Carimbó do mato. Antes disto, Ary Lobo e Osvaldo Oliveira cantaram o Pará nacionalmente, mas pelo visto caíram no esquecimento também terra natal.

No entanto foi apenas uma onda que passou rapidamente. A redescoberta da cena musical paraense já tem pelo menos dez anos. Uma cena que sofreu influência do manguebeat, com bandas de rock turbinando ritmos tradicionais, e dividindo palco com artistas populares. Um bom exemplo desta abertura democrática é Dona Onete, de 71 anos, e Pio Lobato, 40 anos. os dois vem de background bastante diferentes. 

Ela integrou grupos de música regional da Amazônia durante muitos anos, hoje canta bregas. Pio Lobato tem curso universitário, guitarrista de talento, ele foi o responsável pela volta dos Mestres da Guitarrada, um dos mais celebrados grupos da cena paraense: “A guitarrada foi reativada para gravar um disco, só isto. Mas aí se perdeu o controle. Fui eu e uma amiga que teve a ideia de gravar o pessoal. Eles pararam quando a lambada caiu de moda. A guitarrada era a lambada instrumental”, comenta Pio Lobato.

“Só agora é que caia ficha. O Pará esquentou São Paulo”, comenta Dona Onete, que começou em grupos folcloricos, e tem quase 60 anos de carreira. O brega ela abraçou por conveniência mesmo, admite: “Vou cantar brega pra valer. Cantei mais de 40 anos folclore, é bom mas a gente não vence com isto. Cantava com grupo de pau e corda, mas tem que botar outros instrumentos. 

Veja latino, ele pegou o kuduro dos africanos, mas se fosse cantar do mesmo jeito, se não joga aquelas coisas, não teria sucesso”, diz a cantora, que ganhva o sustento como professora (está aposentada), e sonha em cantar no exterior: “Quase que ia com o Coletivo Cipó, para Berlim, mas adoeci”, lamenta Dona Onete que lançou este ano o primeiro disco solo, quase uma unanimidade em elogios. 

Hoje ela é uma celebridade em Belém, e não poupa elogios ao governo: “Fomos para São Paulo fazer os shows, agora voltamos para lançar o CD e o DVD. O governo é maravilhoso, faltava isto para a gente da música paraense”.

Ao contrário de Dona Onete, Pio Lobato ainda se mostra cético quanto à continuidade do projeto Terruá Pará: “O movimento da música no Pará é desordenado, como é o cenário da música profissional no Brasil. No estado tem muitas coisas diferentes. Muita delas que nascem e morrem por falta de divulgação. 

No Pará é dificil a continuidade, por causa de política partidária. Muda o partido e o projeto acaba, Foi o que aconteceu por exemplo com a Bienal da Música que acabou porque foi criada por um governo de outro partido”, comenta o músico. Lobato ressalta o papel da A Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), que agrega a Rádio Cultura, TV Cultura e Portal Cultura: 

“A música do Pará é bem divulgada por eles, mas a audiência ainda é pequena, mas o Terruá surgiu porque este pessoa joga por amor à camisa. O governo incentiva e investe na cena paraense, mas mesmo assim acho que o investimento do governo pernambucano é imensamente maior”, diz Pio Lobato.

(Leia mais na edição impressa do Jornal do Commercio)

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