O próximo ano promete ser de redução na conta de água dos consumidores e de mais investimentos no saneamento do Estado. Pelo menos essas são as expectativas da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O anúncio da redução da alíquota da energia para a indústria feita pelo Governo Federal e as negociações da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe) para a desoneração do PIS/Confins reduzirão os custos da companhia.
De acordo com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, a companhia pode ser classificada como uma indústria pelo consumo de energia que tem por mês. “Por ano pagamos R$ 180 milhões de energia. Se houver mesmo a redução prometida, vamos repassá-la para o consumidor imediatamente, será algo em torno de 15% a 18%, não temos certeza ainda porque não sabemos o detalhamento da medida do Governo Federal”, afirmou.
Além desse benefício, a Aesbe aguarda o posicionamento dos ministérios do Planejamento e da Fazenda sobre a proposta de desonerar o setor do PIS/Cofins, que hoje é aplicado a uma taxa de 9,7%. A alíquota retira das companhias R$ 20 bilhões por ano. Na Compesa, são R$ 70 milhões arrecadados desse imposto anualmente. “Nossa proposta é que o Governo zere essa alíquota e as empresas usem o valor lucrado para investir em obras de saneamento. As que não fizerem o investimento serão obrigadas a recolher o imposto normalmente”, explicou Tavares, que também é vice-presidente da Aesbe.
A expectativa das companhias estaduais de saneamento é de que o Governo Federal atenda o mais rápido possível a demanda que também foi promessa de governo durante a campanha presidencial de Dilma. “Nosso receio é a demora na decisão. O problema do saneamento é urgente e precisamos de recursos para investir”.
Da FOLHA PE
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