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sexta-feira, 26 de abril de 2013

TRÊS MESES APÓS INCÊNDIO EM BOATE, SANTA MARIA, RS, AINDA VIVE LUTO

Três meses após o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), a rotina da cidade gaúcha permanece ligada ao trágico acontecimento que vitimou 241 pessoas, a maioria jovens, no dia 27 de janeiro deste ano.

Vigílias, homenagens e celebrações religiosas marcam o “aniversário” do acidente. A intenção da Associação de Familiares das Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que promove os eventos, é manter a programação durante os dias 26 e 27, todos os meses, por tempo indefinido.

Famílias de todos os cantos do Rio Grande do Sul costumam participar das homenagens em Santa Maria. Jovens naturais de Itaqui, Santo Ângelo, Erechim e diversas outras localidades do interior gaúcho viviam na cidade para cursar o ensino superior. Das 241 vítimas, 116 eram alunos da Universidade Federal de Santa Maria.

A construção de um memorial às vítimas, no local onde ficava a boate Kiss, está nos planos da AVTSM. O empreendimento, no entanto, aguarda a desapropriação do espaço pela prefeitura, o que só ocorrerá após liberação da polícia, que ainda mantém o local lacrado para possíveis reconstituições.

O responsável pelo julgamento dos oito réus denunciados pelo Ministério Público é o Juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal e Presidente do Tribunal do Júri da Comarca de Santa Maria. O magistrado evita antecipar informações sobre os desdobramentos do caso, e sequer confirma se o caso chegará ao Júri Popular, como desejam os promotores.

“O processo está correndo de forma célere, com tranquilidade e serenidade, sempre permitindo à acusação e defesa o desenvolvimento dos seus trabalhos da melhor forma, sem restrições”, garante Louzada.

Os proprietários da casa noturna, Elissando Spohr e Mauro Hoffman, o cantor da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo dos Santos, e o produtor do grupo, Luciano Leão, permanecem presos, acusados de homicídio com dolo eventual qualificado pela morte das 241 vítimas da tragédia, e de outras 623 tentativas de homicídio.

Uma garota que teve o pé amputado, devido às queimaduras, continua internada, em Porto Alegre. Além dela, outras três vítimas estão hospitalizadas, também na capital do estado, mas nenhuma das quatro pessoas correm risco de morrer.

Relembre o caso

Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, durante a realização da festa universitária “Aglomerados”, um incêndio tomou conta da boate Kiss, em Santa Maria (RS), deflagrado por um sinalizador acionado pelo cantor da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo dos Santos.

O fogo emitido pelo sinalizador atingiu a espuma do revestimento acústico da casa noturna, e se espalhou rapidamente, liberando cianeto, substância altamente tóxica. A boate possuía poucos extintores de incêndio, mas sem condições de uso, e os seguranças do local chegaram a impedir a saída do público, que fugia do incêndio, alegando que as comandas não teriam sido pagas. Barras de ferro utilizadas na organização das filas dentro da Kiss dificultaram e aumentaram o tempo de fuga dos jovens.

Posteriormente, foi descoberto que o produtor do grupo musical, Luciano Leão, havia comprado um sinalizador de baixo custo, não recomendado para ambientes fechados. Também foi apurado pela polícia civil de Santa Maria que a espuma do revestimento acústico era inadequada, tendo sido comprada pelos proprietários por ser a mais barata do mercado, e não tinha componentes antichama, como recomendado.

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