Com informações do Blog de Roberto Almeida -
Os restos mortais do ex-governador Eduardo Campos serão sepultados neste domingo, no cemitério de Santo Amaro, no Recife. Desde quarta-feira, dia 13, os brasileiros em geral e os pernambucanos, em particular, estão em estado de choque ou no mínimo atordoados.
Os restos mortais do ex-governador Eduardo Campos serão sepultados neste domingo, no cemitério de Santo Amaro, no Recife. Desde quarta-feira, dia 13, os brasileiros em geral e os pernambucanos, em particular, estão em estado de choque ou no mínimo atordoados.
A mídia não pode fugir ao seu papel e bombardeia as pessoas 24 horas por dia: com notícias sobre a morte, o translado, a emoção na chegadas dos corpos à capital pernambucana, a movimentação no Palácio da Frente das Princesas, a forte imagem dos filhos de Eduardo carregando o caixão, a fortaleza que tem sido Renata Campos até agora - que termina consolando os que a vão confortar...
O fato é que Eduardo não está mais entre nós. Dói, entristece, é difícil de acreditar, mas é a realidade.
Com a morte ficam só as qualidades e o ex-governador irá dar nome a avenidas, escolas, hospitais, postos de saúde, centros tecnológicos, bibliotecas...
Ficará eternizado na memória dos pernambucanos como Agamenon Magalhães e Miguel Arraes, se não estou enganado os dois ex-governadores que mais dão nome a ruas e prédios públicos no Estado.
Eduardo morto, nesses primeiros momentos, possivelmente na atual campanha política, será mais forte do que em vida. Ele que ficou sempre rondando os 10% nas pesquisas, verá seus herdeiros de voto dobrar as intenções, garantir o segundo turno e tornar imprevisível o resultado das eleições no Brasil.
“Não vamos desistir do Brasil”, frase de efeito dita por Eduardo Campos na entrevista ao Jornal Nacional, já foi devidamente amplificada pela Globo e agora está na boca dos socialistas, dos marineiros, nas camisas dos filhos do ex-governador e podem esperar que será devidamente usada no Guia Eleitoral.
As grandes massas choram o seu líder político. O povo é sincero em sua emoção e expressa a dor sem atitudes estudadas, mesmo quando as lágrimas correm sob o rosto, diante das câmeras da televisão.
Os que movem as engrenagens da política e do país nem tanto. Muitos estão pensando é como aproveitar melhor o momento, fazem política aberta ou sutilmente usando o legado de Eduardo Campos.
Hoje os pernambucanos se despedem do seu governador. Que merece descansar em paz. Renata e seus filhos também merecem sossego.
Mas a tragédia de Santos estará presente ainda na vida de todos nós durante muito tempo, principalmente nesta fase de campanha, quando a ânsia do poder e de conquistar votos levará candidatos a atitudes oportunas ou oportunistas. Provavelmente surgirão um monte de heróis, de salvadores da pátria, erguendo a espada e bradando “não vamos desistir do Brasil”.
É a vida que continua. Do jeito que sempre foi.
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