Com informações do PE247 -
O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, disse que os ataques feitos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou os tucanos a nazistas e a Herodes, apontam que o PT não está convicto de que a presidente Dilma Rousseff será reeleita no próximo dia 26.
"Não é uma campanha de quem está tranquilo, de quem está se sentindo vitorioso", disse Aécio em entrevista à Rádio Jornal, nesta quarta-feira (22). Ele disse que irá revidar os ataques sofridos e afirmou que o Governo Federal tem retaliado o Estado de Pernambuco ao não liberar recursos previstos para a realização de obras e projetos.
"Não acho apropriado um ex-presidente da República, numa campanha eleitoral, ofender seus adversários apenas porque são adversários", disse o tucano. Segundo ele, Lula proferiu um "golpe abaixo da cintura". "Nessa época eleitoral, todo tipo de exploração vem. Inclusive uma que nós classificamos como sendo abaixo da cintura", completou.
A crítica de Aécio se deve ao discurso feito por Lula, nesta terça-feira (21), no Recife, quando comparou os tucanos com os nazistas. "De vez em quando, parece que estão agredindo a gente como os nazistas agrediam no tempo da Segunda Guerra Mundial", disse o petista para milhares de pessoas que o acompanhavam em uma caminhada. Aécio disse que não deixará o fato passar em brancas nuvens. "Eu não levo desaforo para casa. Se alguém mente, me ofende, ofende a minha família, eu tenho que responder", disparou.
O tucano reconheceu que a eleição de Lula em 2002 foi de grande importância para a democracia brasileira, muito embora tenha dito que só votou no petista no segundo turno das eleições que ele disputou contra o ex-presidente Fernando Collor, em 1989.
O candidato disse, ainda, que o governo da presidente Dilma tem retaliado as gestões do PSB em nível estadual, também, no Recife. A retaliação estaria em curso desde que o ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em um acidente aéreo no dia 13 de agosto, em Santos (SP), decidiu concorrer à Presidência da República.
"Me assusta a forma como o PT vem tratando o prefeito da capital [Geraldo Julio (PSB)]. Será que o governo do PT também vai tratar o governador mais votado no Brasil de forma discriminatória? Espero que não", observou..
"Quando o governo federal deixa de transferir os repasses, por exemplo, para o Hospital da Mulher do Recife, ou a área da Saúde, ou para a feira de Afogados, simplesmente porque o prefeito Geraldo Julio e o governador [eleito] Paulo Câmara tiveram uma posição solidária a Eduardo Campos, eu acho que é um grande equívoco, porque o dinheiro não é deles. É dinheiro público, do cidadão", afirmou.
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