Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Foi-se o tempo em que Pernambuco era considerado a unidade federativa mais politizada do Brasil. Aqui, pelo menos até a década de noventa, havia dois campos absolutamente distintos. Um campo mais conservador, que alguns chamavam de “direita”, e outro mais progressista que era chamado de “esquerda”. Nesta campanha que se encerra hoje, “direita” e “esquerda” foram revogadas da política pernambucana. Sob a liderança de Eduardo Campos, o balaio governista ficou tão cheio que a atual oposição, capitaneada pelo PT e o PTB, saiu de dentro do próprio governo.
Juntaram-se no apoio a Paulo Câmara 21 partidos das mais diferentes tendências ideológicas, entre os quais o DEM e o PCdoB. Isso por si só demonstra que aquele Pernambuco “politizado” de dez anos atrás não existe mais. Os “contras” foram cooptados pelo governo, que vai enfrentar uma nova oposição a partir de janeiro se Paulo Câmara for o próximo governador.
Armando vai comandar a oposição
Confirmando-se a vitória de Paulo Câmara (PSB) nas eleições de amanhã, o senador Armando Monteiro (PTB), que ainda tem pela frente mais quatro anos de mandato, é quem vai comandar a oposição em Pernambuco. Ele anotou todas as promessas feitas pelo candidato da Frente Popular e após uma trégua de seis meses dará início à fase das cobranças. Uma coisa parece decidida: se a economia nacional não melhorar, nem 20% do que foi prometido será executado.
Suspense – Dos candidatos majoritários que estão concorrendo às eleições, nenhum chegará à reta final do processo, amanhã, com o nível de “suspense” de Fernando Bezerra Coelho (PSB). Isso porque, pelo menos até ontem, as pesquisas se contradiziam em relação à candidatura dele. Pesquisa do IPMN diz que ele vence, mas Ibope e Datafolha garantem que é João Paulo (PT).
Campeão – Se as pesquisas estiverem certas, Jarbas Vasconcelos (PMDB), e não Daniel Coelho (PSDB) ou João da Costa (PT), deverá ser o campeão de votos no Recife à Câmara Federal.
Mercado – Lula ironizou a subida do dólar e a queda da Bolsa em decorrência da possibilidade de Dilma (PT) reeleger-se dizendo que venceu três eleições sem ter o apoio do tal “mercado”.
Vagas – Carlos Lapa (PSL) está convencido de que o “G-6” de Luciano Bivar (PSL) ficará com duas cadeiras na Câmara Federal. “A 1ª é do próprio Bivar e a 2ª é nossa”, diz o ex-deputado.
Concurso – O governador João Lyra Neto (foto) vai indeferir a solicitação do reitor eleito da UPE, Pedro Henrique de Barros Falcão, para abrir concurso público a fim de contratar 294 novos professores. Tudo que representar “despesa” ele pretende deixar para o seu sucessor.
2º turno – Socialistas de Pernambuco estão preocupados com a possibilidade de Marina Silva perder a vaga do 2º turno para Aécio Neves (PSDB). Caso esta hipótese se confirme, o Partido Socialista Brasileiro, como diria Miguel Arraes, votará em Aécio “ainda que ele não queira”.
Maestro – O ex-deputado Manoel Ferreira (PR) coordenou em silêncio a campanha dos dois filhos que disputam mandato nessas eleições: Anderson (PR) e André Ferreira (PMDB). O primeiro concorre à reeleição à Câmara Federal e o segundo, que é vereador no Recife, disputa uma vaga de deputado estadual. Anderson será o substituto de Inocêncio Oliveira na presidência do PR/PE.
O novo – Tanto Dilma (PP) quanto Aécio (PSDB) questionaram o apoio de Marina (PSB) a Paulo Bornhausen, que disputa vaga no Senado pelo PSB-SC. Ambos perguntaram à ex-senadora se esta é a “nova política” que ela tanto prega pelo de “Paulinho” ser filho de Jorge Bornhausen, ex-presidente nacional do PFL. “Paulinho” filiou-se ao PSB pelas mãos de Eduardo Campos.
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