Com informações do NE10 -
Uma dissertação de mestrado da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a 10km de Salvador, defende a importância dos morcegos para o controle da população dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, que transmitem a dengue, chikungunya e a febre amarela. A tese contou com a orientação do professor doutor Eraldo Medeiros Costa Neto, do Departamento de Biologia da instituição de ensino.
O trabalho foi elaborado pela servidora técnica administrativa da universidade, Maria da Conceição Borges Gomes, lotada no Museu de Zoologia, do Departamento de Biologia, e deve ser defendido junto à banca avaliadora neste mês de março. No entanto, antes de ser aprovado academicamente, a tese integra o quadro de vencedores do Prêmio Guardiões do Meio Ambiente 2014 - Uma homenagem às ações positivas em defesa da Natureza.
Intitulada de “Morcegos (Mammalia: Chiroptera) segundo uma abordagem biológica, mitológica, simbólica e etnozoológica”, a dissertação traz no capítulo quatro um estudo das relações entre os morcegos e a população urbana e rural do município de Feira de Santana, com o objetivo de avaliar a percepção das pessoas.
De acordo com a pesquisadora, “os morcegos são extremamente importantes para o controle da população de insetos e outros invertebrados que causam inúmeras doenças, tanto na zona rural como na zona urbana das cidades, inclusive a dengue e a chikungunya”. Cada morcego pode se alimentar de cerca de 200 mosquitos por noite, “o que reduz consideravelmente a quantidade de vetores de doenças”, disse.
Ainda segundo a mestranda Maria Gomes, os morcegos são vítimas de preconceitos e desinformação, “principalmente pelo fato da maioria da população achar que todos os morcegos se alimentam de sangue e que transmitem várias doenças”. No entanto, explica ela, cerca de 70% das espécies de morcegos se alimentam de insetos e apenas três, das mais de 1.200, alimentam-se de sangue.
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