Com informações do JC ONLINE -
Enfrentando protestos pelo País e uma crise político-econômica sem precedentes, a presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu popularidade no Nordeste, região onde o PT sempre lidera eleitoralmente, como mostra o levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, em parceria com a MDA. Um total de 49% dos nordestinos classificaram a gestão da petista como ruim e péssima. Apenas 16% deles avaliaram como ótimo e bom.
As 2.012 entrevistas foram realizadas em 25 unidades da federação, com exceção de Roraima e Amapá. As abordagens ocorreram entre os dias 12 e 15 de março, quando houve os protestos pró e contra a presidente Dilma. O coordenador da pesquisa, o cientista político Adriano Oliveira, explica que o levantamento do IPMN ajuda a fazer uma leitura da real dimensão das manifestações. Para ele, a pesquisa mostra que a baixa popularidade da presidente petista está disseminada por todas as classes sociais e por todas as regiões do Brasil.
“Os protestos são apenas um detalhe. É errado entender que a indignação está concentrada no Sudeste ou nas classes mais altas. A pesquisa mostra que a reprovação está disseminada em todos os segmentos econômicos. Também revela que o Nordeste, onde o PT sempre teve folga e tranquilidade, também observa a presidente Dilma majoritariamente com reprovação”, avalia.
Contrariando o resultado das últimas eleições, os nordestinos revelaram uma opinião sobre o governo Dilma não muito destoante do restante do Brasil. Conforme pesquisa IPMN, 66% dos brasileiros disseram que o governo da petista é ruim e péssimo. Apenas 13% o avaliam com bons olhos, adjetivando-o como ótimo e bom. O Sudeste, o Sul e o Centro Oeste aparecem como as regiões que mais são pessimistas em relação à presidente Dilma - 60%, 65% e 75%, respectivamente, disseram que o governo é ruim e péssimo.
Quando questionados se aprovam ou desaprovam, 64% dos entrevistados do Nordeste disseram desaprovar a gestão da petista. No Brasil, essa porcentagem sobe um pouco mais, chegando a 70% de taxa de desaprovação. A visão dos nordestinos da confiabilidade da presidente Dilma também está fraca, de acordo com o mapeamento feito pela pesquisa. Enquanto 56% dos consultados do Nordeste disseram não confiar na mandatária petista, 43% confessaram ainda nutrir algum grau de confiança, seja “plenamente” ou “parcialmente”. A maioria dos brasileiros, por sua vez, disse não confiar – 65% é a porcentagem nacional. Apenas 33% responderam que confiam “plenamente” ou “parcialmente”.
A pesquisa ainda infere sobre o que está por vir nos próximos meses, perguntando se a atual presidente tem condições de fazer o Brasil melhorar. No Nordeste, 62% foram taxativos em responder negativamente. Tomando como base todo o território brasileiro, o cenário não se mostra muito diferente - 69% disseram que não acreditam que ela tem condições.
Quanto a renda familiar, a pesquisa revela que a alta porcentagem de reprovação atinge todas as classes sociais. Entre os que ganham até um salário mínimo, 56% classificaram o governo de ruim e péssimo. Já para os que recebem acima de cinco salários, a taxa é um pouco maior (63%).
Foto: FolhaPress
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