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sábado, 9 de maio de 2015

NORDESTE DE COFRES VAZIOS

Com informações do Blog do Magno Martins -

Quarenta dias após o último encontro com a presidente Dilma, os governadores saíram, ontem, da reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Natal, sem ainda um centavo no bolso. Num café da manhã com os governadores em um hotel, antes de proferir a palestra da agenda oficial, Levy só sinalizou com algo prático para autorização de novos empréstimos e a pactuação das autorizações de crédito em andamento.

Fora isso, nada. Na abertura do III Encontro dos Governadores, no Centro de Convenções, o governador anfitrião Robson Farias (PSD) fez cobranças em público ao ministro, afirmando que o ajuste fiscal, moeda de troca do Governo com os chefes de Estado do Nordeste, não pode engessar a liberação de novos recursos federais para os Estados nem tampouco impedir a tramitação de empréstimos.

Levy ouviu atentamente, mas como já havia dito no café da manhã, recorreu ao mesmo discurso, de que poderia rever autorizações de empréstimos já em andamento, mas caso a caso. Endividados, os Estados ainda têm muita reserva para contrair empréstimos. Pernambuco, por exemplo, aguarda autorização de R$ 1,5 bilhão.

A Paraíba, R$ 600 milhões. O governador do Rio Grande do Norte disse que governa um Estado com a terceira maior margem de endividamento do Nordeste, mas tem recebido da União tratamento de mendigo. “Nem o programa Minha Casa, Minha Vida” está andando em meu Estado”, disse Farias, dirigindo-se ao ministro da Fazenda, com que havia se reunido antes, num café.

Levy fez uma palestra para convencer os governadores de que sem o ajuste, o País não vai caminhar, tendo pedido a todos eles, na conversa anterior, empenho junto às suas bancadas na Câmara dos Deputados, para aprovação das medidas que, segundo ele, levarão o País a ter uma economia da ordem de R$ 12 bilhões.

Ao final de mais uma reunião, entretanto, os governadores nordestinos saíram convencidos de que a retórica do Governo, simbolizada na fala do ministro da Fazenda, está longe de se converter em medidas concretas em apoio ao Nordeste, capazes de criar um novo ambiente econômico, propiciando a geração de renda e de mais empregos na Região.

EM BRASÍLIA – Na chegada, ontem, a Natal, o governador de Alagoas, Renan Calheiros Filho (PMDB), informou que, no próximo dia 20, em Brasília, o seu pai Renan Calheiros (PMDB), presidente do Congresso, reunirá todos os governadores do País para uma tomada de posição em relação a projetos que tramitam no parlamento e que precisam de serem priorizados para dar um sacolejo na economia do País.

Visão nordestina - O ministro Mangabeira Unger (Relações Extraordinárias) tomou um chá de cadeira de mais de três horas, ontem, para proferir palestra no encontro dos governadores em Natal. Enquanto os governadores se reuniam numa sala para fechar a “Carta de Natal”, Unger ficou na plateia batendo papo com burocratas e evitou entrevistas. Mas quando proferiu a palestra deu um show de conhecimento sobre o Nordeste.

Ação exagerada – Na passagem, ontem, por Natal, o governador Paulo Câmara criticou o protesto realizado em frente à casa do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, pelo movimento “Ocupe Estelita”. “Protestos são livres e democráticos, mas têm seus fóruns específicos. Não acho que acampando a casa do prefeito se resolva qualquer coisa”, desabafou.

Dureza pela frente – Presidente do PSDB em Minas, o deputado Marcus Pestana reforça a tese de que foi a oposição quem garantiu a vitória do Governo na votação da MP 665, que muda as regras do "seguro-desemprego" e "do abono salarial". A votação da MP 664 será mais dura, no seu entender. “A mudança das regras da "pensão por morte" e do "auxílio-doença" envolve trabalhadores e também os aposentados”, diz. A expectativa dos tucanos é de que as dissidências nesse caso, na 664, serão entre os aliados do governo, e não na bancada da oposição, como foi na 665.

Nordeste sem projeto – O Nordeste como vanguarda da estratégia nacional na retomada do desenvolvimento. Foi esta a temática da palestra do ministro Mangabeira Unger, ontem, na reunião dos governadores. Ele disse que o Nordeste não anda para frente porque não tem projetos há mais de 60 anos. “O Nordeste é um imenso vazio, preenchido falsamente pela busca de projetos sustentados em incentivos fiscais”, assinalou.

CURTAS

ÁGUA – O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), foi ao presidente da Compesa, Roberto Tavares, se inteirar das medidas que estão sendo tomadas para garantir água em abundância para os festejos juninos. A capital do forró está em racionamento de água porque Jucazinho opera com apenas 7% da sua capacidade.

TORITAMA – Mangabeira citou como um dos modelos de desenvolvimento do novo Nordeste a cidade de Toritama, puxada pela atividade da sulanca. “Vi um formigueiro humano gerando renda e vivendo em torno dos seus próprios meios”, disse, adiantando tratar-se de uma atividade sem apoio formal do Governo.

Perguntar não ofende: Os governadores do Nordeste não vão conseguir nem dinheiro para a seca?

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