Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Ficou para a próxima terça-feira a votação do relatório do deputado Marcelo de Castro no âmbito da comissão da reforma política designada pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. O relatório tem tantas coisas absurdas que o presidente da comissão, Rodrigo Maia, achou melhor não votá-lo ontem como estava inicialmente previsto.
Sugere, entre outras coisas, o “distritão” para a escolha dos membros da Câmara Federal (seriam eleitos os candidatos mais votados, independente de quociente eleitoral), mandato de 10 anos para senador para coincidir com a eleição do presidente, governador e prefeito, que teriam cinco sem direito à reeleição, e mandato de dois anos para os prefeitos eleitos em 2016 para unificar o calendário eleitoral em 2018. Está claro que temas polêmicos como esses não têm a menor chance de passar no Congresso, embora haja deputados acreditando que desta vez a reforma política será feita.
Humberto no comando do PT
Após o PT ter sido destroçado em Pernambuco nas últimas eleições, o senador Humberto Costa decidiu iniciar a luta pela sua reconstrução. Estará neste final de semana em Petrolina, Santa Filomena e Pesqueira a fim de conversar com lideranças políticas que se dispõem a disputar mandato em 2016. Quem poderia estar fazendo isto era João Paulo, mas se acomodou após eleger-se prefeito do Recife e não tem mais nenhuma influência no comando regional.
É cedo – O senador Fernando Bezerra (PSB) reiniciou ontem por Itapissuma o cronograma de viagens ao interior para receber títulos de cidadão. Essas solenidades aparentemente não têm importância, mas acabam dando chance ao homenageado de se aproximar de líderes políticos. O senador ainda não diz, porque é cedo, mas quer ser candidato a governador em 2018. Pelo PSB.
Contra – Por coerência política, a bancada federal do PDT (Wolney Queiroz incluído) votou contra as duas Medidas Provisórias do ajuste fiscal. Foi a única onde não teve dissidências.
Rebeldia – Os deputados Rodrigo Maia (RJ) e José Carlos Aleluia (BA) desobedeceram à orientação do líder Mendonça Filho (PE) e votaram a favor das duas MPs do ajuste fiscal.
3ª via – O PPS diz ser a favor da fusão com o PSB para que o partido que surgir dessa junção se apresente em 2018 como “alternativa” eleitoral ao PT (Lula) e ao PSDB (Geraldo Alckmin).
Pressa – Diferentemente do então presidente Lula, que todas as vezes que vinha a Pernambuco almoçava ou jantava na residência de Eduardo Campos, com direito a ouvir Maciel Melo e Petrúcio Amorim ao violão, Dilma não tem paciência para essas coisas. Recusa-se a almoçar, até mesmo, no Palácio do Campo das Princesas.
Drama – Se as coisas já estavam difíceis para Pedro Corrêa por ter sido condenado a 7 anos e 2 meses de cadeia no processo do mensalão, agora é que vão se complicar depois que o Ministério Público Federal decidiu denunciá-lo criminalmente (junto com os filhos Aline e Fábio Neto) por suposto envolvimento no escândalo da Petrobras.
Protesto – Quando estava à frente do Governo do Estado, Joaquim Francisco (PSB) chegou a pensar na construção de um “protestódromo” para sediar as manifestações que estão virando rotina no Recife: professores, ativistas do “Ocupe Estelita”, policiais civis, MST, etc. É tempo de o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Júlio refletirem sobre esta hipótese antes que o trânsito no Recife estrangule de vez.
Dispersão – Dos 21 partidos que apoiaram Paulo Câmara nas últimas eleições, pelo menos cinco deverão lançar candidato próprio à Prefeitura do Recife em 2016. Três já estão quase decididos: PSDB (Daniel Coelho), PMN (Sérgio Magalhães) e PP (Michele Collins). Já o PRB que integrou a coligação de Armando Monteiro (PTB) examina a hipótese de concorre com o pastor Carlos Geraldo, ligado à Igreja Universal.
Foto: Reprodução
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