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sexta-feira, 22 de julho de 2016

MURIÇOCA PODE TER MAIS CULPA NO SURTO DE ZIKA DO QUE AEDES

A informação é Portal LeiaJá -

Após resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicarem a presença do vírus zika nas tradicionais muriçocas, a coordenadora do estudo, Constância Ayres estabeleceu quais serão os próximos passos a serem tomados. Segundo ela, novas pesquisas deverão ser realizadas para que sejam constatados os reais índices de participação do culex quinquefasciatus na disseminação da doença e o potencial de proliferação na espécie.

Os primeiros estudos apontaram que o contágio da muriçoca acontece quando ela entra em contato com um hospedeiro infectado, porém, as novas pesquisas irão indicar se a transmissão também pode ocorrer de maneira transovariana, ou seja, a fêmea infectada passar o vírus para sua prole, fazendo com que novos mosquitos já nasçam com o vírus. Além disso, será estabelecido qual espécie, aedes ou culex, vem sendo a maior responsável pela epidemia do zika.

“A questão agora é descobrir se o culex é vetor primário ou secundário, definindo qual das duas espécies exibe o papel mais importante na transmissão. Precisamos investigar para definir novas estratégias de controle”, destacou a pesquisadora. “Não se sabe ainda se existe essa trasmissão transovariana tanto no aedes quanto no culex. Estamos investigando através dos ovos que coletamos essa possibilidade. Se for comprovado, significa mais uma forma de permanência do vírus na natureza o que pode a possibilidade dele se tornar endêmico como, por exemplo, aconteceu com a dengue”, complementou.

Os resultados da pesquisa também podem confirmar o porque do rápido alastramento da doença em várias partes do país, principalmente em Pernambuco, estado com mais casos, já que a espécie do culex se encontra em número 20 vezes maior ao do aedes, na Região Metropolitana do Recife. “Pensamos nessa possibilidade desde o inicio por conta da rapidez dos casos. O aedes não seria capaz de transmitir com tamanha intensidade no ambiente urbano”, ressaltou.

Com a confirmação, Constância Ayres afirma que uma nova etapa do controle a doença precisará ser iniciada, já que as espécies possuem diferentes hábitos. “Hoje existe somente um programa para controle do aedes e como eles são espécies diferentes, com hábitos diferentes, eles também requerem estratégias diferentes. O culex (Muriçoca) põe os ovos em água extremamente poluída como esgostos, fossas e canaletas, então serão necessárias medidas de saneamento básico. Já o aedes prefere água limpa e parada. Outra diferença é que o culex pica durante a noite e o aedes durante o dia, então é necessário que haja proteção nesses dois momentos”, exemplificou. 

No Recife, já existe uma pequena estratégia de combate ao culex já que ele também é responsável pela filariose, ação que de acordo com a coordenadora do estudo precisará ser intensificada. Os novos resultados da segunda etapa da pesquisa ainda não tem data para saírem.

Imagem: Pixabay

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