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domingo, 8 de abril de 2018

É campeão! Os 13 anos de espera até o título do Náutico no Pernambucano 2018

Quem informa é o LeiaJá -

O ano era 2004, dia 18 de abril para ser mais específico. Após perder nos Aflitos por 1x0, parte da torcida alvirrubra perdia as esperanças de levantar o troféu do Campeonato Pernambucano. Seria preciso vencer por dois ou mais gols, o Santa Cruz, em um Arruda pressionado pelos mais de 30 mil tricolores. Batata, Jorge Henrique e Kuki fizeram aqueles torcedores mais fiéis do Náutico soltarem o grito de campeão. Havia sido a última vez em que tal fato ocorria. A espera, que durou quase 14 anos, teve fim neste domingo (8), quando o Timbu desbancou o Central e voltou a fazer sorrir seus apaixonados que entraram para a lista de públicos recordes da Arena de Pernambuco.

Hoje aos 46 anos, Kuki atua no clube como auxiliar técnico. Jorge Henrique está próximo de se aposentar e Batata já pendurou as chuteiras. A última geração campeã pelo time dos Aflitos viu uma única coisa semelhante ao feito daquele ano; O Náutico entrou desacreditado. Sem chegar à decisão desde 2014, o Timbu começou o ano rebaixado à Série C, com a menor folha em décadas e tendo reformulado praticamente 100% do elenco. Um dos raros remanescentes, o técnico Roberto Fernandes encarou a missão de misturar jovens atletas da base com jogadores em busca de reinserção no mercado. Sempre se adequando à realidade financeira atual.

Reflexo de um 2017 conturbado, os alvirrubros iniciaram a temporada já com uma decisão pela frente. Vencer o Itabaiana-SE era questão de sobrevivência. Já que a eliminação tirava o Timbu da Copa do Nordeste. Nos pênaltis, uma chance de sorrir, mesmo que seja daqueles risos contidos, ainda desconfiados com o futuro do time. Classificado ao Nordestão, era hora de se dividir em três para dar conta também do Estadual e avançar o máximo na Copa do Brasil, pois cada fase significava milhões à mais na já suada conta alvirrubra. E montar duas equipes diferentes, já que os jogos intervalavam em menos do que as 66 horas recomendadas, utilizando muitos jovens ainda em formação era um desafio gigante.

Começo humilde, mas inspirador

As primeiras 11 rodadas do Pernambucano seriam fundamentais para o decorrer do torneio. Os oito melhores colocados iriam formar o mata-mata, sendo os quatro primeiros, aqueles que decidiriam em casa. Vantagem fundamental quando o regulamento prevê jogo único eliminatório. Tendo vencido o América por uma vantagem mínima na Arena, a goleada sofrida para o Central em Caruaru criou um clima de muita tensão para o primeiro clássico do ano. Ainda mais porque na Copa do Nordeste, a estreia em empate contra o Altos-PI tirava qualquer esperança de um bom desempenho.

Surpreendente, palavra que melhor define o Náutico em 2018, o time foi guerreiro diante do rival de investimento infinitamente superior. Afinal, superior mesmo foi o Timbu que aplicou um sonoro 3x0 para cima do Sport. Resultado de tamanha expressão não acontecia em favor dos alvirrubros em décadas. A caminhada começou forte, e a liderança sempre estava a poucos pontos do alcance. Dois empates seguidos, e um novo resultado gigante. Com quase o time inteiro reserva, 4x0 no Salgueiro, atual vice-campeão estadual naquele momento. Alternando com o avanço economicamente favorável, apenas no torneio Regional, a distância para o Bahia e Botafogo-PB tirava um pouco do ânimo.

Encerrada a primeira fase, líder do Pernambucano e com a vantagem de decidir em casa até a final, era hora de encarar as temidas decisões em jogo único das quartas de final e semifinal.

Apenas o necessário, e nada mais

Restavam 180 minutos e os acréscimos. Isso separava o Timbu de mais uma decisão após três temporadas caindo pelo caminho. Primeiro, um duelo com o modesto Afogados. Disputando a primeira divisão do Pernambucano pela primeira vez, o time de cidade homônima, foi o último a garantir a presença no mata-mata. E resolveu dar trabalho ao Náutico na Arena do jeito mais comum no futebol; montando uma retranca das grandes. Deu certo por um tempo inteiro. Mas caiu quando Wallace Pernambucano caiu na área e o árbitro da partida marcou pênalti. Júnior Timbó marcou e foi o suficiente para garantir a vaga na semifinal.

Pela frente, agora um adversário de maior calibre. E que nos últimos anos já tinha pego duas finais de Estadual. Até o próprio treinador alvirrubro reconhecia que a única vantagem estava no fato de jogar com a torcida, pois não havia favoritismo. E dentro de campo, o placar apertado de 3x2 deixou claro que qualquer resultado era possível. Mas existe uma crença no futebol chamada 'sorte de campeão'. Um gol contra de Luiz Eduardo quando o Salgueiro vivia seu melhor momento na partida, e vencia por 1x0, deixava claro que a fase do Timbu não era algo de tiro curto, era a campanha do título se desenhando em tons mais fortes.

Equilíbrio, vitória e emoção

Nada mais justo do que os dois times de melhor campanha chegarem à grande decisão. Separados apenas pelo saldo de gols, Náutico e Central estavam em pé de igualdade pelo título. Igualdade pelo desempenho dentro de campo, e também no desejo de encerrar um jejum. Verdade que o da Patativa durava 99 anos sem nenhum campeão vindo do interior do Estado, mas quando do outro lado, a seca é de um time acostumado a levantar troféus, a fome se iguala. Em Caruaru, o primeiro episódio foi feio para quem assistiu de fora. Porém pegado, e de poucas chances de gols. O 0x0 no Lacerdão, carregou de drama o último encontro antes do tão aguardado, desejado, sonhado grito de campeão.

Treze anos depois, 'É campeão!'

Na Arena, onde tudo começou para o Timbu em 2018, a caminhada chegava ao ápice. Era hora de fechar um livro histórico apenas por sua existência. Entre o primeiro campeão fora da Região Metropolitana do Recife e o fim de uma espera que por pouco dias não durou 14 anos, venceu a força da torcida alvirrubra. A vitória foi sofrida, como tinha que ser. E com o maior público da Arena, em jogos entre clubes, 2x1 no Central e taça erguida.

Fotografia: Reprodução da internet

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