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domingo, 1 de fevereiro de 2015

PAULO CÂMARA COMPLETA UM MÊS NO GOVERNO DE PERNAMBUCO

Com informações do JC ONLINE -

Paulo Câmara (PSB) completa neste sábado um mês como governador de Pernambuco. Foi um período conturbado, marcado pelo aumento na tarifa de ônibus e rebeliões nos dois principais presídios do Estado. O socialista bem que tentou imprimir uma agenda positiva à gestão. Começou o ano reunindo todo o secretariado na primeira reunião do Pacto pela Vida e foi a quatro cidades do Sertão três dias após tomar posse para assinar as primeiras ordens de serviço do seu governo.

Em outro ato, dessa vez na Mata Sul, Paulo voltou a reunir todos os secretários na assinatura de ordens de serviço para a construção de 13 escolas na região. No evento, realizado em Palmares, ele reforçava a ideia de que a educação terá espaço prioritários em seu governo. Antes disso, no entanto, surgiu o primeiro obstáculo enfrentado pelo governador com o aumento das passagens de ônibus. A decisão foi criticada por movimentos sociais, mas não houve manifestações mais tensas nas ruas do Recife.

A grande crise só se manifestaria de fato no dia 19 de janeiro, quando eclodiu uma rebelião de detetos no Complexo Prisional do Curado que resultou na morte de um policia militar. Logo em seguida, surgiu um outro motim na penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, no Litoral Norte. Diante desse cenário, Paulo precisou conviver com críticas e ameaças de greve de policiais civis e militares e agentes penitenciários.


“O governador não teve tempo de mostrar uma agenda positiva com as denúncias de festas nos presídios e as rebeliões”, avalia o cientista político Hely Ferreira. “Trinta dias é um tempo relativamente curto para se fazer uma avaliação mais densa sobre qualquer gestão, mas o que acabou marcando esses 30 dias foi a crise do sistema penitenciário”, opina o cientista político Juliano Domingues.

Durante as rebeliões, Paulo se manteve afastado das agendas públicas e deixou os esclarecimentos a cargo do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. Para Juliano Domingues, o governador errou ao silenciar. “Há uma regra básica que é a de que o gestor deve evitar a agenda negativa e se tornar mais visível quando a agenda é positiva. Mas com a morte do policial militar, há uma espécie de vácuo instituicional quando o governador não aparece. A oposição se viu munida para fazer justamente essa crítica”, afirma.

Para Hely Ferreira, que também vê o silêncio do governador durante a crise da ressocialização como negativa, Paulo acertou ao menos em procurar os ministros do governo Dilma Rousseff (PT) de quem o PSB se afastou em 2013. Ele se reuniu em Brasília com Gilberto Kassab (Cidades), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes) e Arthur Chioro (Saúde) e recebeu a visita de Cid Gomes (Educação). “Ele agiu corretamente porque o Estado depende da União. Ou se busca uma aproximação ou fica difícil para o governo”, diz.

SOMBRA DE EDUARDO
Em todas as oportunidades que fez campanha para Paulo Câmara (PSB), fosse em comícios ou nas propagandas de rádio e TV, Eduardo Campos friasava que o socialista seria capaz de fazer um governo ainda melhor do que o seu. O discurso surtiu efeito nas urnas, mas a “fatura” começou a chegar logo depois que o afilhado político do ex-governador começou a agir como chefe do Executivo estadual.

As comparações entre Paulo e Eduardo sao feitas por eleitores em redes sociais e até por aliados do atual governador, englobando desde ações administrativas até movimentos políticos como o que envolve a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa marcada para hoje. No jogo dos “oito erros” feito nos bastidores, o que mais se comenta é que falta a Paulo uma certa dose de “agressividade” e “ousadia” que o ex-governador tinha ao comandar o Estado.

De acordo com o cientista Juliano Domingues, esse é um fardo inevitável. “Paulo Câmara ou qualquer outro que viesse a estar no lugar dele, sendo apontado por Eduardo como seu sucessor, naturalmente seria alvo de comparações. Eduardo assumiu uma posição de líder inconteste e diante da posição que ocupou qualquer um carregaria esse peso”, assegura.

O fato de Paulo nunca ter ocupado qualquer cargo eletivo antes de se tornar o comandante do Estado também amplia a curiosidade e a cobrança em torno do desempenho que terá com a caneta de governador nas mãos. “Trata-se de um sujeito que construiu sua trajetória nos bastidores, então cria-se uma expectativa maior de como será do ponto de vista político e do contato com os aliados ainda mais no contexto de uma aliança heterogênea e numerosa”, diz Juliano Domingues, referindo-se à coligação de 21 partidos que compõem a base do governo. 

Para o cientista político, a sobrevivência política de Paulo se dará quanto mais ele se afastar da “sombra” de Eduardo. “Torna-se urgente a necessidade de adquirir uma identidade própria para se desvincular gradativamente desse processo comparativo. Isso não é fácil, se colocar como um sujeito que tem autonomia e que não é manipulado por determinados grupos”, pondera.

Foto: JC IMAGEM

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